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Em 1984 de George Orwell o vilão era o
“Grande Irmão”. No Laranja Mecânica de Antony Burgess o problema era a rebeldia
da juventude. Agora, o antagonista desta geração é a internet.
Na obra de ambos os escritores
britânicos, o leitor era apresentado a futuros distópicos nos quais a população
vivia sem liberdade intelectual ou física. Através de livros como estes,
conheceu-se o conceito de alienação numa sociedade, mas isso não impediu que o
“mundo real” caísse no mesmo erro. É quase como a vida imitando a arte.
A internet foi criada pelos Estados
Unidos em meio aos conflitos da Guerra Fria com o intuito de garantir a vitória
americana. Entretanto, o objetivo dessa ferramenta mudou muito com o passar dos
anos, e hoje, interliga tempos, lugares e pessoas na velocidade de um “clic”.
Ao mesmo tempo em que algumas coisas eram
aproximadas graças a internet, outras se afastavam. A ruptura maior ocorreu nas
relações pessoais, já que passou a ser mais proveitoso comunicar-se por um
teclado moderno do que pela arcaica fala. A questão é que a oralidade continua
sendo o meio de comunicação mais completo e eficaz, pois envolve sentimentos,
pensamentos e expressões que palavras digitadas – e muitas vezes irreconhecivelmente
abreviadas – jamais conseguiriam transparecer.
Assim como na fantasia, as vezes o vilão
vem disfarçado de herói. Essa pode ser uma ideia muito radical para se referir à
internet, mas deve-se ter em mente que esse recurso não é rodeado apenas por
inocência. Se utilizada com equilíbrio, a internet pode trazer grandes feitos, porém,
não se pode deixar que ela vire a protagonista da historia deste mundo.
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